terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Bioestratigrafia e Tipos de Biozona

A Bioestratigrafia, é considerada uma ciência que está compreendida como uma fronteira no estudo da estratigrafia e da paleontologia, tendo como principal objectivo o estudo do conteúdo fossilifero, quer a nível temporal, quer a nível do registo estratigráfico.

De modo a poder subdvidir o tempo geológico, a Bioestratigrafia faz uso de certos fosseis, que desta feita, marcam presença num tempo concreto e muito especifico, da história geológica. Este tipo de fosseis, também denominados como fosseis característicos ou de idade, apresentam uma vasta repartição geográfica , taxas de reprodução elevadas e bom potencial de preservação, caracteristicas estas que são fundamentais no apoio ao trabalho de um estratigrafo/paleontologo, pois constituem marcadores temporais bastante precisos.

Posto isto, e de acordo com os pressupostos apresentados, por vezes o estratigrafo consegue fazer a identificação de um conjunto de camadas, que apresentam um conteúdo fossilifero, susceptivel de ser individualizado das restantes camadas, quer verticalmente, quer lateralmente. A este conjunto de camadas dá-se o nome de biozona ou unidade bioestratigráfica.

Este tipo de unidade, encontra-se subdividida em várias zonas, como fora estabelecido no post anterior. São elas:

ZONAS DE CONJUNTO ou CENOZONAS: conjunto de estratos, que devido ao seu conteúdo fossilifero, é diferenciado com base em caracteristicas bioestratigraficas, dos conjuntos adjacentes.

ZONA DE EXTENSÃO : esta subdivisão é feita com basena presença de um ou mais fosseis, podendo ainda diferenciar-se:

*Zona de Extensão Vertical

Simples: conjunto de estratos, representativo da extensão total de determinados exemplares fossiliferos, existentes num taxon.

Composta ou Concomitante: correspondente à secção coincidente com as zonas de extensão de dois taxons

*Zona de Oppel: esta biozona é caracterizada pelo primeiro surgimento de determinados taxons, na parte inferior, sendo a parte superior caracterizada pelo seu desaparecimento. Constitui um bom critério geocronológico.

*Filozona: contém exemplares fossiliferos, que representam uma linha evolutiva, limitada por mudanças nas características ,ao longo da sua evolução.

ZONA DE ACME ou APOGEU: conjunto de estratos caracterizados pela abundância de determinado taxon identificado.

ZONA DE INTERVALO: correspondente a um conjunto de estratos delimitado por dois biohorizontes, de dois taxons diferentes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Unidades Estratigráficas

As unidades estratigraficas podem definir-se como um tipo de hierarquização caracterizada por unidades geólogicas, com base nas suas características litológicas, fisico-quimicas e/ou cronológicas. Na análise de um corte geológico, por exemplo, o estratigrafo pode ter a necessidade de fazer uso desta definição (unidade estratigráfica); assim temos os principais tipos de unidades estratigráficas: unidades litoestratigráficas, unidades biostratigráficas e unidades cronoestratigráficas.


*Unidades Litoestratigráficas

As unidades litoestratigráficas são definidas, segundo o Guia Internacional de Estratigrafia, como um conjunto de estratos que é definido e reconhecido segundo as suas propriedades litológicas ou por conter propriedades litológicas em comum, que sirvam para agrupar os estratos. As unidades litoestratigráficas podem ainda ser sub-divididas em unidades litoestratigráficas formais e unidades litoestratigráficas informais.

As unidades litoestratigráficas formais seguem, igualmente, uma caracterização hierarquizada por forma a termos, segundo o Guia Internacional de Estratigrafia:


*Grupo(1)

*Formação(2)

*Membro(3)

*Camada(4)

*(1)Grupo: segundo o Guia Internacional de Estratigrafia, estabelece-se a possibilidade de agrupar, duas ou mais, formações (sendo esta a unidade primária na classificação litoestratigráfica) contíguas com propriedades litológicas que sejam comuns entre si.


*(2)Formação: como foi dito em "(1)" a formação é a unidade fundamental a ser definida pelo estratigrafo, numa análise sequencial de determinado corte geológico. A formação, como unidade primária, é a única onde será necessária uma divisão a nível litológico, numa coluna estratigráfica. Ainda em relação a esta unidade formal, segundo o Guia Internacional de Estratigrafia, não se estabelecem limites numéricos para a espessura de uma formação mas sim, um critério em que esta seja uma unidade representável em mapas e cortes geológicos. Outro critério na definição de formação será a sua nomenclatura. São três termos que a definem: a palavra formação, a litologia e o terceiro termo será a localidade em que a formação é definida, por exemplo, "Formación Calizas de Bovalar, Formación Arenas de Utrillas, etc" (Torres, 1994: 202).


*(3)Membro: na hierarquia de uma caracterização formal de unidades litoestratigráficas, surge subsequentemente à formação, a unidade designada por membro. Esta unidade, tal como a formação, não tem um limite numérico para a sua espessura, no entanto, possui propierdades litológicas que destoam das partes adjacentes da formação. É ainda de notar que uma formação não está sempre subdividida por membros, a menos, que a sua definição seja importante numa análise, feita pelo estratigrafo. Tal como a formação, o membro numa sequência estratigráfica quando é definido, segue uma nomenclatura. Os critérios serão os estabelecidos como no caso da formação, isto é, a palavra membro, litologia e nome da localização geográfica. Por exemplo: "Miembro calizas y margas de Calanda" (Torres, 1994:202).

*(4)Camada: é a unidade com menos ranking na hierarquia duma caracterização litoestratigráfica formal.

*Unidades Biostratigráficas
Podemos definir, muito sinteticamente, as unidades biostratigraficas como um conjunto de estratos que apresentam quer na vertical, quer lateralmente um conteudo fossilifero susceptivel de os individualizar dos demais estratos.

As unidades biostratigraficas, ou também designadas como biozonas, diferenciam-se em vários tipos:
*ZONAS DE CONJUNTO ou CENOZONAS*
*ZONAS DE EXTENSÃO*
1-Zona de Extensão Vertical (simples, composta ou concomitante);

2-Zona de Oppel;

3-Filozona.

*ZONA DE ACME OU APOGEU*

*ZONA DE INTERVALO*

*ZONA DE CONDENSAÇÃO*

Unidades Cronoestratigráficas

Este tipo de unidade é constituida por um conjunto de estratos que contêm rochas formadas durante determinado intervalo de tempo geológico.

Fazendo uma caracterização, igualmente sintética à que foi feita em "Unidades Bioestratigráficas", estas unidades são limitadas por superficies isócronas (superficies com a mesma idade) ,encontrando-se hierarquizadas sob uma subdivisão do tempo geológico.

Assim, seguem-se os vários tipos de unidades cronoestratigraficas:

*EONOTEMA*- unidade representativa de um Eon;

*ERATEMA*- unidade representativa de uma Era;

*SISTEMA*- unidade representativa de um Periodo;

*SÉRIE*- unidade representativa de uma Época;

*ANDAR*- unidade representativa de uma Idade.


Unidades Litodemicas
São massas rochosas que possuem características distintas de toda a outra rochas circundante. Corpos intrusivos (filões, por exemplo), zonas que sofreram acção tectónica possuindo deformações e metamorfismo no material rochoso, etc, são bons exemplos deste tipo de unidade, que pode ser delimitada e mapeada, do ponto de vista estratigrafico devido às suas caracteristicas distintivas.
Neste tipo de unidades diferenciam-se litodema, conjunto, superconjunto e complexo, sendo o litodema a unidade básica na classificação litodemica. O litodema inclui corpos igneos,e rochas deformadas e metamorfizadas por acções tectónicas. Além disso, esta unidade é cartografavel.


Unidades Aloestratigraficas
São unidades definidas por superficies de descontinuidade, permissiveis de serem cartografadas geologicamente. As unidades aloestratigraficas encontram-se, à semelhança de todas as outas,n hierarquizadas, diferenciando-se: alogrupos, aloformações e alomembros.

Referências Bibliográficas:

* Félix, José; Geologia 12. Porto:Porto Editora.2006;

* Vera Torres, Juan Antonio (1994); Estratigrafia, Principios y Métodos. Madrid:Editorial Rueda;

* Apontamentos Moodle: Joao Pais, UNL-( http://moodle.fct.unl.pt/mod/resource/view.php?id=132873 );

* Glossário Geológico- ( http://vsites.unb.br/ig/glossario/ );

* Wikipedia (Bioestratigrafia)- (http://es.wikipedia.org/wiki/Bioestratigraf%C3%ADa );









segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Descontinuidades sedimentares e tipos de contacto entre unidades litológicas

No post anterior, fez-se alusão a alguns dos princípios que permitem uma interpretação, a nível estratigráfico, de determinado grupo litológico. Posto isto, numa análise sequêncial, o estratigrafo estará apto a considerar a existência de determinadas estruturas que contribuem para compreender a génese cronológica da sequência, em questão. Estas ocorrências podem identificar-se, muitas vezes, como descontinuidades. O conceito de descontinuidade, em Geologia, diz respeito a uma relação genética entre duas unidades litológicas sobrepostas onde se verificou uma interrupção no fluxo sedimentar.



As descontinuidades podem ser classificadas em:

* Descontinuidades Sedimentares: ocorrentes, entre duas lâminas sucessivas, num intervalo de tempo muito curto, estando muitas vezes associadas à ausência de deposição ou de destruição da lâmina anterior.

* Descontinuidades Estratigráficas: as descontinuidades estratigráficas caracterizam-se por intervalos de tempo significativos, no que diz respeito, à sedimentação entre duas unidades litológicas. Exemplos deste tipo de descontinuidade, são as ausências de biozonas e o desaparecimento litológico de unidades que outrora estariam formadas.

* Descontinuidades diastróficas: caracterizam-se pela ausência de uma camada devido a fenómenos de origem tectónica.




**Contactos entre unidades litológicas


Os contactos entre unidades litologicas podem ser dos mais variados tipos. Assim, temos, (1)contactos concordantes (exemplo: paraconformidades), (2) contactos intrusivos, (3)contactos discordantes (exemplos: não conformidade ou descontinuidade heterolítica, disconformidades, discordâncias progressivas e discordâncias angulares).



(1)Contactos Concordantes (fig.A): existe continuidade entre unidades litológicas sucessivas.



Paraconformidade (fig. B): é um tipo de descontinuidade em que se verifica um paralelismo entre as unidades litológicas estratificadas, ou seja, existe uma concordância em que a superficie de separação material é plana e paralela à estratificação do grupo sedimentar.



(3)Contactos Intrusivos: existência de corpos ígneos que podem, por vezes, contactar com outro tipo de litologia presente sequencialmente.



(4)Contactos Discordantes



*Discordâncias Progressivas ou sintectónicas (fig.F): verificam-se discordâncias angulares, entre os substratos que apresentam um ângulo e a superfície (plana) de separação material, que convergem lateralmente por forma a termos novamente uma concordância.



*Discordâncias Angulares(fig.D): este tipo de discordância caracteriza-se pela existência de duas unidades litológicas, onde a superfície de separação material evidencía uma antagonia angular entre substracto inferior e superior. Um caso particular da discordância angular é discordância angular erosiva (fig.E).



*Não Conformidade ou Descontinuidade Heterolítica(fig.G): existe um contacto entre unidades sedimentares e material ígneo ou metamórfico mais antigo.



*Disconformidades(fig.C): são caracterizadas pela existência de uma superfície irregular de caracter erosivo.

(Fig.1- Resumo dos Vários Tipos de Descontinuidades)
(Figura retirada de Vera Torres, Estratigrafia, Principio y Metodos- (6/12/10))



Relativamente a descontinuidades correspondentes a intervalos em que o fluxo sedimentar é interrompido, podemos fazer destaque a três tipos, onde o tempo geológico pode ser curto, médio ou longo:


*Hiato- quando a duração é muito curta;

*Diastema- corresponde a uma interrupção muito curta no fluxo sedimentar (coincide, aproximadamente, com uma junta de estratificação);

*Lacuna- quando a duração é significativa e possa ser avaliada biostratigraficamente (por exemplo: lacuna de biozona).

Referências Bibliográficas:

- Félix, José Mario; Geologia12. Porto:Porto Editora. 2006;

- Vera Torres, Juan Antonio (1994); Estratigrafia, Principios y Métodos. Madrid:Editorial Rueda;

- Apontamentos Moodle: Joao Pias, UNL-( http://moodle.fct.unl.pt/mod/resource/view.php?id=132869 );

- http://geostoriaestpal.blogspot.com/






quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Princípios Fundamentais da Estratigrafia

A Estratigrafia, como se disse anteriormente, tem como principal objectivo fazer um estudo de sequências estratificadas de modo a compreendermos acontecimentos geológicos que tiveram lugar em determinada época do nosso planeta. Ainda assim, esta disciplina tem outros objectivos que se aplicam directamente ao ser humano, tais como, a exploração de recursos não renováveis (carvão, petróleo, gás natural) viáveis de ser explorados e mais recentemente contribuir para uma planificação no sentido da preservação do meio ambiente.
Para a concretização destes objectivos o estratigrafo, mais concretamente no que diz respeito à exploração de recursos, utiliza vários principios que lhe permitem uma analise interpretativa das diversas estruturas geológicas (intrusões magamáticas, filões, falhas, armadilhas, etc) que podem ter lugar em determinada sequência estratificada.

No âmbito da cadeira de Estratigrafia é ainda importante referir que os "Principio Fundamentais da Estratigrafia" se utilizam no sentido de estabelecer uma ordem cronológica de acontecimentos, sendo estes principios um modo de datação relativa.

Principios Fundamentais da Estratigrafia




-Principio da Horizontalidade: os sedimentos, aquando da formação da camada sedimentar, depositam-se, em regra, segundo a horizontal.


-Principio da Sobreposição dos estratos: segundo Steno, numa sequência estratificada, os estratos no topo são os mais recentes sendo os que estão na base, os mais antigos.


(Figura.1- Retirada de: http://www.slideshare.net/catir/princpios-estratigrficos/ (01/12/10))



Este principio deve ser utilizado em situações, em que a sequência estratificada não apresente qualquer tipo de deformação (como dobras, falhas, etc), caso contrário o estratigrafo deve fazer uso de outro modos de analise complementares.




-Principio da Intersecção: uma estrutura geológica (filão, intrusão magmática, falha, etc), que intersecte determinada sequência estratificada, é sempre mais recente.


(Figura.2-Retirada de: http://estpal08.blogspot.com/2008_09_01_archive.html -(01/12/10 ))




-Principio da Inclusão: uma rocha que contenha fragmentos de uma outra preexistente, na sua composição, é sempre mais recente.



(Figura.3- Retirada de: http://estpal08.blogspot/2008_09_01_archive.hmtl -(01/12/10))

-Principio da Continuidade Lateral: este principio compreende que ao longo de toda a extensão de determinado estracto, este tem sempre a mesma idade, sendo os limites inferior e superior da camada sedimentar, superficies isócronas. Estre principio permite ainda uma datação de sequência estratificadas (idênticas) localizadas em locais geográficos distintos, desde que estas sejam semelhantes. Isto é, duas sequências de estratos idênticos em locais geograficos distintos, têm a mesma idade geológica.



(Figura.4-Retirada de: http://anarita7-turma13.blogspot.com/2010_04_01_archive.html -01/12/10))


No que diz respeito à analise de um estrato, em relação à sua extensão lateral, temos que ter em atenção à definição das superfícies isócronas, que se identificam como o limite superior e inferior da respectiva camada. Em camadas com uma espessura significativa não poderemos falar neste tipo de superfície, mas sim em superficies heterócronas. Ou seja, tendo estas camadas a sua genese segundo "fluxos deposicionais" graduais, não fará sentido falar em superficies isócronas no sentido literal da palavra visto que a camada não se deposita toda de uma só vez.



-Principio da Identidade Paleontológica: este principio diz simplesmente que, dois estratos que tenham o mesmo conteúdo fossilífero, têm a mesma idade.


(Figura.5-Retirada de: http://anarita7-turma13.blogspot.com/2010_04_01_archive.html -(01/12/10))



Referência Bibliográficas:



-Félix,José Mario. Geologia 12. Porto:Porto Editora. 2006;


-Vera Torres, Juan Antonio (1994); Estratigrafia, Principios y Métodos. Madrid:Editorial Rueda;


-Apontamentos Moodle: Joao Pais, UNL- http://moodle.fct.unl.pt/mod/resource/view.php?id=132870 );









terça-feira, 5 de outubro de 2010

O que é a Estratigrafia? Objectivos, finalidade e história

A Estratigrafia é um ramo ligado à Geologia e tem como principal objectivo estudar estratos de rocha, ao nível da sua génese e processos que os originaram . Este ramo da Geologia é muito importante, no que diz respeito, à construção de toda a história terrestre, uma vez que, o estudo de uma camada pode conter informação muito importante relativamente a acontecimentos que marcaram o nosso planeta, não só ao nível de grandes extinções em massa mas também, ao nível, de grandes mudanças topográficas na crosta terrestre, por exemplo. O estudo destes acontecimentos é feito com base em rochas estratificadas, na compreensão da ordem e condições de formação dos estratos, bem como no saber correlacionar unidades estratigráficas localizadas em diferentes regiões do globo terrestre.
Outros factores que ajudam neste mesmo estudo são: litologia das rochas e suas propriedades fisicas e quimicas, geometria e conteúdo fossilífero.

O conceito de Estratigrafia tem diferentes compreensões, ao longo do tempo, por diferentes autores. Uma das primeiras definições de estratigrafia foi feita por Grabau (1913) que considerava a "estratigrafia como uma parte inorgânica da geologia histórica ou como o desenvolvimento de massa rochosa terrestre, através de diferentes idades geológicas".

Até à data, em que Amadeu Grabau definiu o conceito de estratigrafia, esta "teve uma história" em comum com a Geologia, isto é, todos os postulados feitos pelos "Fundadores da Geologia" estariam intimamente ligados à Estratigrafia, não como ciência individual, mas como parte integrante da Geologia, por assim dizer.
É importante ainda referir alguns dos nomes que contribuíram para uma ruptura de conhecimentos a nivel da Geologia, que até então eram baseados em crenças biblicas. Nicolaus Steno (1638-1686), Antonio Lazzaro Moro (1687-1764), George-Louis Leclerc (1707-1788), Abraham Gottlob Werner (1749-1817), James Hutton (1726-1797), William Smith (1769-1839) e Charles Lyell (1797-1875), entre outros, foram alguns dos nomes que deram um desenvolvimento significativo à Geologia, como ciência.


Referência Bibliográficas:
- FÉLIX, José Mário. Geologia 12. Porto: Porto Editora. 2006;
- Wikipédia: htt://pt.wikipedia.org/wiki/Estratigrafia ;
- Vera Torres, Juan Antonio (1994), Estratigrafia, Principios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda